terça-feira, 21 de agosto de 2007

Pirituba comemora 122 anos

Na quinta-feira, (1) o bairro de Pirituba comemorou 122 anos de seu surgimento. O território de Pirituba abrange em sua maior parte, as áreas então ocupadas pelas Fazendas Anastácio e Jaraguá, além de pequenos sítios. Mas na história de Pirituba, destaque para figuras exponenciais, que impulsionaram o seu progresso. Muitas das quais, radicaram-se em Pirituba, e tornariam nomes de destaque na sociedade paulista.

Nos trilhos da história
Com a inauguração da estação da então São Paulo Railway Company, em 1 de fevereiro de 1885, é que Pirituba se firmou com posição destacada, graças a todos que acreditaram no seu futuro. Além da agricultura, os empresários também deram crédito ao território.
O primeiro a instalar a sua indústria em Pirituba foi Domenico Campestrin, juntamente com seu sócio Henrique Booch, com a Fábrica de Colla Paulista no final de 1898. O produto industrializado chegava a ser melhor do que o importado, e sua produção anual atingia 30 mil quilos, que era comercializado para as tipografias e marcenarias. Outro estabelecimento agrícola que projetou Pirituba foi a Orchidea Brasileira, de Joaquim da Silva Teixeira, que cultivava plantas para jardins, árvores frutíferas além de inúmeras espécies de orquídeas, que chegaram a ser exportadas para o Reino Unido.
Com o início das obras da Estrada São Paulo-Campinas, atual Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, em agosto de 1916 e a venda da Fazenda Anastácio em 1917 para a Companhia Armour do Brasil, o distrito começa a se destacar na cidade de São Paulo.

Pirituba – Origem do nome
Na região havia uma lagoa denominada Pirituba, que em tupi-guarani significa vegetação de brejo. O bairro foi originado do desmembramento da grande Fazenda do Anastácio. Em tupi, Jaraguá significa Senhor do Vale. Outra curiosidade: até meados do século 19, a região era muito explorada por garimpeiros e até hoje se percebem as cicatrizes e os sulcos deixados por eles nas encostas do Pico do Jaraguá.

A história da igreja de São Luiz Gonzaga
A Vila Pereira Barreto surgiu em novembro de 1922, quando o Dr. José Pereira Barreto e sua esposa Dona Georgina, lotearam uma de suas propriedades. Foi com a chegada das primeiras famílias, formadas por sitiantes, colonos e moradores à margem da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, que, movidos pela fé cristã, construíram um pequeno Oratório, dedicando-o a São Luis Gonzaga, em homenagem à memória do Dr. Luis Pereira Barreto, médico e político de grande reputação da época.
Era nesse Oratório que aconteciam os encontros piedosos e sociais, mas Pirituba foi castigada por fortes chuvas entre 1927 e 1928 – causando o desabamento do pequeno templo. Os moradores, firmes em sua fé, construíram, então, uma pequena Capela, agora com 20 m². A partir de então o padre Santo Bernardi, sacerdote do Colégio Cristóvão Colombo, passou a celebrar missa ali, uma vez por mês, tornando-se assim, o primeiro sacerdote dessa comunidade.
A população já reivindicava a construção de uma igreja maior, que atendesse às necessidades da comunidade local. Foi elaborado, então, o projeto da Igreja, em estilo romano, com as três naves em linhas modernas, com uma grande torre central, numa área de 1.400 m². Então, em 8 de maio de 1955, na presença e com a benção do Exmo. bispo auxiliar, Dom Antonio Maria Alves de Siqueira, houve a cerimônia litúrgica do lançamento da pedra fundamental da nova Igreja. O entusiasmo tomou conta de D. Rodolfo e parte da comunidade, que faziam mutirão de trabalho na escavação dos alicerces e na construção da imensa laje, sustento da Igreja.


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