segunda-feira, 22 de outubro de 2007

URBANO LEMOS - ENTREVISTA




Em entrevista Luiza Eluf destaca projetos
para seu mandato
como Subprefeita da Lapa


Luiza Nagib Eluf, Subprefeita da Lapa, atuou como Procuradora de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo. É professora da Escola Superior de Advocacia (ESA); autora de vários livros, dentre os quais "A paixão no banco dos réus" e um romance denominado “Retratos”. É ex-secretária nacional dos direitos da cidadania no governo FHC; ex-presidente da Associação de Amigos e Moradores pela Preservação do Alto da Lapa e Bela Aliança – ASSAMPALBA, onde permaneceu por sete anos. Além disso, foi membro do Conselho Federal de Entorpecentes, do Conselho Estadual da Condição Feminina de São Paulo e do Conselho Estadual de Direitos Humanos.
A Subprefeitura da Lapa abrange os distritos da Vila Leopoldina, Perdizes, Jaguaré, Barra Funda e Sumaré. Nesta entrevista, Luiza Eluf esclarece alguns pontos pertinentes a sua administração na Subprefeitura da Lapa, destacando planos e projetos para seu mandato como Subprefeita.
Urbano Lemos Como surgiu o convite para assumir a Subprefeitura da Lapa?
Luiza Eluf Eu já trabalhei em gabinete no Governo Franco Montoro, no Governo do Orestes Quércia, depois no Governo Fleury e Fernando Henrique Cardoso. Precisavam de uma pessoa para a Lapa e como tenho militância isso contou ao meu favor. Eu já fiz muita coisa pela região da Lapa. Pela minha militância e por ser uma pessoa muita ativa o Governo me convidou. Confesso que fiquei muito na dúvida na época. E eu estava terminando um livro, o livro sobre a vida de Euclides da Cunha. O Paulo Bressan veio falar comigo ‘quanto tempo você precisa para terminar o livro’, eu disse: pelo menos três meses. Houve uma transição. Passados os três meses eu conversei com ele e assumi a gestão.

UL Qual o maior desafio encontrado ao assumir a Subprefeitura da Lapa?
Luiza Eluf Eu não diria que há um maior desafio. Existem muitos desafios. Existem muitos problemas. Administrar uma multidão de 11 milhões de pessoas é quase que uma missão impossível. Mesmo sabendo que a Subprefeitura vai restringir essa multidão a um número menor de pessoas, os problemas que a multidão gera se refletem, mesmo pegando uma fatia menor dessa população. Então na Lapa, temos casos complicados como a CEAGESP, que abastece não apenas São Paulo, mas o Estado de São Paulo e o Brasil. É um Entreposto que alcança todo o território nacional. Acredito ser um grande desafio, pois ocasiona vários problemas como a prostituição infantil, tráfico de drogas, entre outros entraves.


UL Em sua entrevista, Paulo Bressan destacou: “ou se faz política, ou se faz gestão” Referindo-se a tantos eventos na região, e se fosse a todos, não se trabalharia efetivamente.
Para a Sra. é possível fazer gestão e política ao mesmo tempo?
Luiza Eluf Política é tudo que nos fazemos. Eu acredito que tem que ter uma participação comunitária. E eu sempre tive essa participação antes mesmo de ser Subprefeita. Eu vou a todos os eventos. É claro que existira ocasião em que eu não conseguirei ir. Eu fui ao aniversário do Mercado da Lapa, ao Baile da Primavera e a Virada Esportiva. Onde as pessoas me convidam eu tenho satisfação de ir, porque é a comunidade. E quem faz um bairro é a comunidade. Eu não tenho problemas em participar. Política não tem conotação ruim que muitas vezes as pessoas dão. Eu lamento que os políticos estejam tão em baixa. Se a população não reconhece nos políticos alguém da sua confiança e alguém que todos tem acesso, se ocorre isso, ocorre uma verdadeira negação da cidadania. O sujeito não se identifica com o administrador ou com a administradora e ele perde a segurança da sua própria segurança nacional, territorial. Ele nega o seu próprio país, a sua própria cidade. Nesse momento ele esta dizendo eu não tenho direito nenhum. Não se identifica, tem vergonha do seu governante e tem vergonha do seu país. E eu me sinto sempre na obrigação de atender a comunidade, na medida do possível, de ser acessível à comunidade, manter contato, participar das festividades e eventos. Um exemplo disso e a visita que eu tenho marcada para a Vila Jaguará, no dia 4 de outubro. Vou conhecer os problemas no local.

UL E qual a prioridade para seu mandato como Subprefeita da Lapa?
Luiza Eluf Eu não tenho uma prioridade principal tenho mais de uma. Entre as principais estão o saneamento e a eficiência na administração. A eficiência se dá através do levantamento dos processos, alvarás e pessoas aguardando pendências. As pessoas não podem ficar na dependência de um serviço muito moroso da Prefeitura. Estávamos com 14.000 processos, foi feito o levantamento de tudo e estamos dando andamento. E o saneamento é eliminar os funcionários que pedem ou aceitam propina. Esse tipo de coisa que eu quero eliminar da Lapa. E é isso que a população espera também. Foi o que eu disse ao prefeito e ao secretário Andrea Matarazzo ‘eu vou fazer uma administração dentro da lei. Se for para não ser assim eu nem vou começar’. E eu estou ao lado da lei e quem estiver contra a lei vai responder em juízo.

UL Ao seu modo de ver, qual o papel da mulher na política brasileira?
Luiza Eluf No Brasil as pessoas ainda tem um grande problema de machismo. As mulheres são muito capazes e sem elas nenhuma administração estaria de pé. Basta ver o número de mulheres nas repartições públicas trabalhando. As mulheres têm que participar e ousar cada vez mais. Elas podem ajudar em muito a atual política brasileira.

UL Em relação à Vila Leopoldina observa-se nos últimos anos um crescimento acelerado da região. O que se tem feito em relação a verticalização do bairro?
Luiza Eluf Existe o Plano Diretor. Todos as construções obedecem a uma aprovação ao atual Plano Diretor. O meu ponto de vista pessoal é que a verticalização tem que ser no limite. Qual esse limite? Precisamos analisar para evitar essa aglomeração de gente. Estou pensando em desenvolver o Plano Bairro. Fazer um estudo e analisar. Inclusive eu já pedi para o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) para desenvolver esse estudo.

UL Como está o projeto de criação do parque Orlando Villas Bôas na atual usina de compostagem?
Luiza Eluf Esta é uma prioridade minha. Não vamos conseguir criar o parque no prazo determinado anteriormente. Existe um cronograma, mas quando eu entrei aqui já estava atrasado esse cronograma. Eu estou trazendo para ser a minha assessora a Gláucia. Uma das principais tarefas dela é o Parque Villas Bôas. Ela é uma das pessoas que mais entende da criação do parque, inclusive ela lutou para o fechamento da usina de compostagem.

UL Em relação à Rua 12 de outubro, quantos TPUs (Termo de Permissão de Uso) foram cadastrados até o momento? E como anda o processo de torná-la Rua Modelo?
Luiza Eluf Por enquanto estamos mantendo as pessoas que tem o TPU. A nossa idéia é de não aumentar o número de camelôs. Eu tenho que pensar na organização da cidade. E a idéia é tirar os camelôs da 12 de outubro, solucionando o problema da melhor forma, tanto possível para os pedestres tanto para os comerciantes. Inclusive ela se tornara Rua Modelo. Mas temos vários entraves, não temos nem o projeto ainda.

UL Quais os planos para o Mercado da Lapa? Existe um projeto para a revitalização do mercado?
Luiza Eluf No Mercado da Lapa vamos entrar com a reforma no telhado, reforma na coleta de lixo e eu gostaria de fazer uma repaginada no entorno do mercado. Fazer melhoras no paisagismo e melhorias nas vias de acesso ao mercado.

UL A Sra. é filiada ao Partido Verde (PV), existe alguma pretensão política? Aja vista que a região não tem um vereador há aproximadamente 50 anos.
Luiza Eluf Não. Eu ainda não sou filiada. As filiações são em outubro. Pretensão política eu tinha antes de vir para cá. Eu pensava em me candidatar à vereadora. Eu queria me candidatar para ajudar a região da Lapa e ficaria bem mais fácil se nos tivéssemos uma representação parlamentar. E fico até dezembro de 2008 na gestão de Gilberto Kassab. Quando eu assumi ele disse que não queria que eu saísse para candidatar-me em abril para vereadora. Então eu acho difícil eu sair candidata. Só se o prefeito mudar de idéia. Mas como Subprefeita posso resolver muitos problemas da Lapa.


UL Para finalizar como a comunidade pode estabelecer um canal direto com a Subprefeitura da Lapa?
Luiza Eluf Eu tenho freqüentado os eventos, eu tenho ouvido as pessoas, respondido os e-mails. Mas não é apenas comigo e sim com toda a minha equipe. O importante é que todos os problemas da comunidade estão chegando a mim. Também podemos estabelecer um canal para cartas dos leitores do jornal ou então pelo meu e-mail: luizaeluf@prefeitura.sp.gov.br.

Kassab comemora Dia da Árvore na Lapa




Lapa comemora Dia da Árvore e entrada da primavera
com exposição e lançamento de livro

No dia 20 de setembro (quinta-feira), foi realizado na Lapa, a cerimônia de premiação dos vencedores do II Concurso de Fotografias Árvores de São Paulo, promovido pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). O evento contou com a participação do prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. “O concurso destaca a importância de preservarmos o nosso maior patrimônio: o meio ambiente” ressaltou Kassab.
O júri de seleção deste ano foi composto por João Kulcsár (Senac), Marcelo Cocco Urtado (Secretaria do Verde), Carla Romero (Valor Econômico) e Armando Favaro (Jornal o Estado de S. Paulo). Foram recebidas 169 fotos.
A primeira edição, realizada em 2006, resultou também numa exposição fotográfica que contemplou as 20 melhores fotos recebidas. A escolha das fotos levou em consideração critérios como composição, corte, cores, além da mensagem transmitida pelo fotógrafo. Já na escolha da categoria relevância, os critérios mais observados foram a interação da vegetação com a fauna, a relação da arborização com a Cidade, aspectos da composição da vegetação e do maciço arbóreo, espécie, entre outros aspectos. Foram premiados os três primeiros colocados em cada uma das duas categorias: beleza e relevância. Os premiados receberam cursos livres e livros do Senac. Na ocasião foi aberta a exposição Árvores de São Paulo II e lançado um livro com as mais belas fotos do concurso anterior: Árvores de São Paulo.


Vencedores da edição 2007 do concurso

Categoria Relevância
1° lugar para Marcelo Navarro da Silva, com foto de um conjunto de arvores do parque Ibirapuera e do Instituto Biológico, na Vila Mariana
2° lugar para Ana Paula de Carvalho, com um bosque do Horto Florestal
3° lugar para Carlos Alberto Chiuratto Junior, com foto do parque Cidade de Toronto

Categoria Beleza

1° lugar para Nelson De Martino Filho, com foto do parque Ibirapuera
2° lugar para Johnny Hikaru Kamigashima, com foto da rua do Horto, 931, no Parque Alberto Lofgren
3° lugar para Circe Alfredo Bonatelli Neto, com foto da praça da Liberdade, altura do número 110

Exposição Árvores de São Paulo II
Senac Lapa Scipião
Rua Scipião, 67 – Lapa
Telefone para informações: 3475-2200




Revelando São Paulo










Festival de Cultura Paulista Tradicional
chega a sua 11ª edição


O Revelando São Paulo, evento realizado anualmente no Parque da Água Branca, comemora este ano, sua 11ª edição. O encontro é considerado uma vitrine viva das mais diversas manifestaçõesda cultura identitária produzida em diferentes regiões do Estado.
O Revelando São Paulo homenageia, a cada edição, temas ou personagens. Neste ano direcionou o foco para “a beleza da nossa casa”, no sentido de despertar a reflexão para a busca do equilíbrio, da organização e do cultivo da paz no ambiente que as pessoas vivem, trabalham ou realizam suas atividades sociais, e também interiormente.
A abertura oficial do XI Revelando São Paulo aconteceu no último sábado, 8 de setembro, com a participação de grupos indígenas representantes de 46 etnias, que pela primeira vez ganharam um espaço especial - próximo à Praça Doce, ao lado dos 155 estandes de artesanato e 80 estandes de culinária.
Uma atração na culinária regional é a cidade de Guaratinguetá que trouxe para o evento a tradicional ‘bala de puxa’ ou bala de coco. Um diferencial do estande é que a preparação da bala é feita na hora “essa bala é um dos doces mais tradicionais da culinária paulista, sua preparação requer habilidade e alguns segredos” ressalta Jean Rubens, responsável pela elaboração do doce. Além da bala de coco, o estande de Guaratinguetá destaca-se na oferta de mais de 32 tipos de doces como: doce de leite, doce de abóbora e paçoca.
Durante o evento, os visitantes podem experimentar a culinária, conhecer o artesanato característico, além de contar com extensa programação, que inclui apresentações folclóricas e artísticas. Vandete Garcia de Moraes, da cidade de Jaú traz ao XI Revelando São Paulo a arte do tear manual. “Desde pequena aprendi a técnica de tear com a minha avó, e hoje luto para essa arte não ser esquecida”.
Também estão contempladas as devoções, representadas por atividades de grupos de violeiros, congadas e cortejos. No total são 180 municípios paulistas representados nas diversas atividades oferecidas; 170 animais (entre tropas de mulas, cavalos, touros e búfalos), 17 carros de bois, 30 grupos no Festival da Amizade, 18 orquestras de violas, 40 congadas e moçambiques, 50 duplas de violeiros, 15 grupos de catira, 15 grupos de dança de São Gonçalo e Santa Cruz, fandangos e cururus, 12 grupos de bonecões e cabeções e 40 Folias de Reis.


Destaques
Ao completar 11 anos de existência, com 20 edições realizadas – 10 na Capital, seis no Vale do Paraíba e quatro no Vale do Ribeira – o Revelando São Paulo 2007 traz a presença dos grupos indígenas para difundir a cultura dos primeiros ocupantes da terra, presente no dia-a-dia dos paulistas, nas receitas, no artesanato e nos costumes.
Os indígenas apresentam especialidades da culinária, com destaque para o prato tradicional feito com palmito juçara e pupunha, com mel e carne assada na brasa. Os índios da aldeia de Parelheiros trazem um aquário com água da nascente do rio Capivari, onde ficarão diversas espécies de peixes.
Outra novidade é a concentração dos culinaristas que se dedicam à produção de quitutes e sobremesas na Praça Doce, localizada na extremidade dos corredores dos estandes de culinária. Neste local poderão ser degustados e também adquiridos para viagem: doces de leite, sidra, abóbora, banana, cocadas, compotas e frutas em calda, bolos, tortas e outras especialidades dos velhos livros de receitas de família presentes na mesa paulista graças à herança do aprendizado no preparo de cada prato.

Programação:
Dia 15 – Sábado

9h – 15º Festival de Bonecos de Rua e Cabeções
9h – 9º Reiada – Encontro de Folia de Reis
15h – 9ª Festa de Cosme e Damião
16h – Corrida de Cavalhada
19h – 7ª Noite dos Tambores

Dia 16 – Domingo
9h – Corrida de Cavalhada, 10ª Congado Paulista - Encontro de Congos e Moçambiques, 9º Encontro de Caminheiros, 11º Encontro de Romeiros, 6º Encontro de Irmandades Religiosas
17h – Despedida de Nossa Senhora Aparecida
18h – Encerramento – Grupo Abaçaí – Bale Folclórico de São Paulo.

Revelando São Paulo – XI Festival da Cultura Paulista Tradicional
Neste sábado e domingo, das 9h às 21h
Local: Parque da Água Branca
Avenida Francisco Matarazzo, 455 - Água Branca