terça-feira, 21 de agosto de 2007

Lixo toma conta das ruas da Lapa

Todos os anos, nessa época do ano que abrange o verão (de janeiro a março), os noticiários ficam literalmente “inundados” de notícias sobre alagamentos e enchentes. É a época em que as massas de ar frio estacionam sobre determinadas áreas e ocasionam as chamadas chuvas de verão. Estas se caracterizam por sua intensidade e pela presença de fortes rajadas de vento e granizo.
Durante o decorrer da semana, podemos observar, além das chuvas típicas de verão, lixos espalhados nas principais ruas do bairro da Lapa. Ruas como Guaicurus, Monteiro de Melo, 12 de outubro, Nossa Senhora da Lapa, Faustolo, Clélia, além de inúmeras praças que sofrem com o descaso da população que insiste em jogar lixo nas ruas.
O resultado é o entupimento do sistema de drenagem e o assoreamento e obstrução dos cursos d'água, cuja conseqüência na hora de uma chuva mais forte é o transbordamento dos córregos ou a ineficiência do sistema de vazão. Além de trazer pragas urbanas como ratos, baratas e pombas o que provoca diversas doenças para os moradores. Mas a realidade é que somos nós mesmos os verdadeiros culpados por esse indesejável fenômeno.
"Esta é uma questão fundamental, porque por mais esforços que o poder público dedique ao trabalho de prevenção, a população também deve fazer sua parte", lembra o secretário de Coordenação das Subprefeituras. "E isso é simples, basta exercer a cidadania e não jogar lixo nas ruas ou nos córregos, ou depositar entulho em locais públicos, porque durante uma chuva esse material é levado pela água e causa entupimentos no sistema de drenagem, causando transtornos e prejuízos para a população".

Um problema social, ambiental e cultural
O problema do lixo jogado em locais não apropriados é de caráter social, ambiental e cultural. A maior dificuldade para o combate a inundações é o abandono indiscriminado dos mais variados objetos em locais públicos, como ruas ou praças. O que mais impressiona é que entre estes materiais estão colchões, sofás e estantes, além de utensílios domésticos diversos, pneus, latas de tintas e até ferro-velho. Empresas que produzem uma grande quantidade de resíduos, ao invés de contratarem serviços de caçambas, depositam os lixos nas ruas de forma irregular, como vimos esta semana.
Hoje em dia, na “era do descartável”, representada pela famosa garrafa pet, muitas pessoas jogam seu lixo nas ruas, córregos e rios. Esse lixo vai acumulando-se e acaba entupindo as galerias de drenagem, impedindo que a água encontre o seu destino. Ainda assim, nesta época do ano, torna-se ainda mais importante à consciência da população, que não despeje entulho e lixo nas ruas, córregos e praças.
Além de sujar as ruas, é também um problema cultural acarretando uma desordem no bem-estar da sociedade. Residente na rua Clélia há 16 anos, Aldérico da Conceição é um dos moradores que fazem seu papel de cidadão para manter a ordem e a limpeza da via. "A Subprefeitura só pode ser eficiente com a cooperação da população", argumenta. A realidade é que somos nós mesmos os verdadeiros culpados por enchentes e transtornos na cidade.

Como proceder?
Não há como não produzir lixo, mas podemos diminuir essa produção.
Como? Reduzindo o desperdício, reutilizando sempre que possível e separando os materiais recicláveis para a coleta seletiva.
Além disso, uma alternativa é colocar o lixo em sacos plásticos resistentes e no horário previsto que o caminhão de coleta passa na região. E procurar, sempre, indicar para pessoas próximas que – lugar de lixo é no lixo.


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